'Se você conhecesse o Tempo como eu conheço', disse o Chapeleiro, 'não falaria em desperdiçá-lo, como se fosse uma coisa. É um senhor.'
'Não entendo o que você quer dizer', disse Alice.
'Claro que não entende!', disse o Chapeleiro, atirando a cabeça desdenhosamente para trás. 'Acho que você nunca sequer falou com o Tempo!'
'Talvez não', respondeu Alice cautelosamente, 'mas sei que tenho de bater o tempo, quando estudo música.'
'Ah! Isso explica tudo', disse o Chapeleiro, 'Ele não suporta ser batido. Agora, se você mantivesse boas relações com o Tempo, ele faria quase tudo o que você quisesse com o relógio.[...]"
CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. Porto Alegre: L&PM, 2011. p. 95-96.
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